O líder da Oposição na Assembleia Legislativa, deputado Edivaldo Holanda (PTC), declarou, na manhã desta terça-feira (25), que o Governo do Estado praticou um golpe contra milhares de jovens, ao determinar a suspensão do concurso público que seria realizado para o provimento de 2.698 vagas para cargos em diversas áreas.
“Lamentavelmente, este concurso transformou-se em um vergonhoso calote contra a nossa juventude”, afirmou Edivaldo Holanda, lembrando que o concurso foi anunciado no início deste ano, com grande estardalhaço na imprensa, durante uma cerimônia que reuniu diversas figuras do governo, como Roseana Sarney e João Alberto, e parlamentares que testemunharam o ato, dentre os quais os deputados Francisco Gomes, Janice Braide, Fufuca Dantas, Hélio Soares, Pedro Novaes, Carlos Alberto Milhomem e Antônio Bacelar.
Edivaldo Holanda afirmou que milhares de jovens engordaram a conta bancária de diversos cursos preparatórios para concursos públicos. “Estes jovens colocaram seu dinheiro fora, porque o governo voltou atrás, anunciando que não realizará mais o concurso”, afirmou o deputado, lembrando que inicialmente o governo invocou o argumento de que o concurso não pode ser realizado em período vedado dada a proximidade das eleições do próximo mês de outubro.
Depois, o Palácio dos Leões alegou que há um déficit orçamentário de R$ 230 milhões nas contas do Estado. “Este golpe anunciado não foi digerido pelos milhares de jovens e pelos seus familiares. A sociedade não perdoa mais este golpe perpetrado pela governadora, numa espécie de calote, enganando as pessoas esperançosas do nosso Estado”, afirmou o líder da Oposição.
Ele acrescentou que, além do fato de este concurso ter se transformado em um calote contra a juventude, o mais grave é que políticos governistas “estão trocando votos por contratos no Estado. Estão contratando pessoas que inclusive foram aprovadas em concurso público para professor, e agora estão sendo seduzidas por proposta política de que serão convocados para um seletivo, para trabalhar apenas como contratados, através de um contrato precário de 10 meses”.
VERGONHA
Na avaliação do deputado Edivaldo Holanda, a situação da educação do Maranhão virou uma vergonha. Ele citou o caso do prédio do antigo Colégio Marista, adquirido pelo Governo do Estado por R$ 2 milhões, para abrigar a primeira escola de ensino integral do Maranhão, e que agora está completamente abandonado.
“Este governo fala de salto de qualidade na educação, mas isto é uma inverdade. O que acontece é que estamos diante de uma afronta à sociedade maranhense. É um calote, um verdadeiro desrespeito à juventude do nosso Estado”, afirmou Edivaldo Holanda, dizendo que já tem em seu gabinete um calhamaço com mensagens eletrônicas de pessoas de todas as regiões do Estado, protestando contra a suspensão do concurso público, anunciado como parte do Programa Viva Servidor.
Ao encerrar seu pronunciamento, o líder da Oposição foi enfático ao afirmar que o Ministério Público – como fiscal da lei – tem de tomar providências, para apurar mais este descalabro do governo do Estado. “Não se pode permitir que, em vez de realizar o concurso, este governo se utilize de um artifício político eleitoreiro, para enganar as pessoas e ludibriar os nossos jovens”, ressaltou Edivaldo Holanda.