O deputado Edivaldo Holanda (PTC), líder da oposição, disse, nesta quarta-feira (5), em discurso no plenário da Assembleia Legislativa que os limites da discriminação e do preconceito manifestados pelo governo do Estado indicam uma atitude nazista e citou como exemplo maior deste tipo de postura a recusa em homologar o estado de emergência decretado pela prefeitura de São Luís, em virtude das chuvas que castigaram a cidade, em 2009.
Ele lembrou que diversos municípios do estado fizeram este procedimento e que dos quatro municípios da Ilha de São Luís, apenas a capital, https://www.atosefatos.jor.br/wp-content/uploads/2023/03/voz_do_brasil_1711222143-1024×613-1.jpgistrada pelo prefeito João Castelo (PSDB), não teve a homologação esperada. No entanto, ele afirmou que Raposa, Paço do Lumiar e São José de Ribamar não receberam o mesmo tratamento, com o governo do Estado homologando o estado de emergência decretado por seus respectivos prefeitos.
Para o parlamentar, ao tomar esta atitude discriminatória em relação à prefeitura de São Luís, a governadora demonstrou para com a população ludovicense falta de respeito, de amor ao próximo e principalmente discriminação e preconceito. Ele frisou ser importante que a população de São Luís tome conhecimento disto. “É bom que o povo desta cidade saiba do preconceito, da discriminação, não contra Castelo, mas contra o povo de São Luís, contra o povo desta cidade independente, desta cidade rebelde que não se dobra”, reclamou.
DESRESPEITO À JUSTIÇA
Edivaldo Holanda acrescentou ainda que além de tratar de forma discriminada a cidade de São Luís, a governadora Roseana Sarney não cumpre determinação do presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro César Asfor Rocha, que obriga o governo do Estado a reconhecer e homologar no prazo de 48 horas o estado de emergência no município de São Luís. Ele ressaltou que na semana passada o magistrado negou pedido do Executivo Maranhense para cassar a liminar concedida pelo Tribunal de Justiça.
Holanda lembrou que em 2009, o Maranhão registrou o período de chuvas mais rigoroso das últimas três décadas e diversas cidades foram inundadas. Ele ressalva que em São Luís a situação também foi drástica com centenas de famílias ficando desabrigadas e por este motivo foi consenso entre a classe política a decretação do estado de emergência.
RETALIAÇÃO
O parlamentar relata que diante desta situação, o prefeito João Castelo baixou o Decreto nº 36.635/2009 declarando estado de emergência no município. Outras cidades da grande ilha também tiveram a mesma atitude por parte das prefeituras, mas apenas Raposa, São José de Ribamar e Paço do Lumiar, cujos prefeitos são aliados da governadora tiveram a homologação do estado de emergência.
Edivaldo Holanda concluiu que um dos motivos que talvez explique a exclusão de São Luís é o fato do prefeito da cidade, João Castelo, pertencer às forças de oposição ao atual governo e isto pode ter sido uma retaliação do governo do Estado para com o prefeito de São Luís.