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UTI Cardio do HU-UFMA utiliza recursos de ponta em procedimentos

Hospital conta com aparato tecnológico para medicina intensiva

UTI Cardio utiliza recursos de ponta em procedimentos

UTI Cardio utiliza recursos de ponta em procedimentos

Pacientes internados na UTI Cardio do Hospital Universitário da UFMA, vinculado à Rede Ebserh, que apresentam problemas graves no pulmão ou no coração, com indicação para realizar oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO), podem contar com esse procedimento desde 2010. O hospital recebeu a primeira máquina para esse tipo de suporte em março daquele ano e de lá para cá seis pacientes já precisaram utilizar essa máquina.

A técnica da medicina intensiva tem o objetivo de fornecer oxigênio ao coração e ao pulmão de pacientes que apresentam insuficiência ou problemas nesses órgãos. O hospital conta com dois médicos intensivistas certificados como especialistas desde junho de 2018 pela Extracorporeal Life Support Organization- ELSO, instituição que referencia a utilização da ECMO em todo o mundo. São eles, Léa Barroso Coutinho e Marko Antônio de Freitas Santos, este último também certificado como membro dessa organização.

O intensivista Marko Antônio Santos explica como a oxigenação por membrana extracorpórea funciona. “O equipamento pode exercer duas funções nos pacientes com problema de pulmão ou de coração em um nível considerado grave. Pode ser tanto para ajudar o paciente a se recuperar como pode servir de ponte de recuperação para o transplante.  Se eu tenho um paciente com insuficiência cardíaca muito grave, e preciso colocar ele na lista de transplante e esperar que tenha algum órgão compatível, enquanto aguardamos por esse órgão, ele precisa do suporte dessa máquina”.

Segundo o especialista, com esse mecanismo o sangue sai do paciente por meio de uma mangueira específica e é conduzido para a máquina que faz o bombeamento. Tem uma membrana que faz a oxigenação do sangue e lava o gás carbônico que fica retido nela.  Depois, a outra mangueira retorna o sangue para o paciente já com essas alterações. Na verdade, copia o funcionamento do corpo humano, tudo isso de forma contínua, assim como, os batimentos cardíacos e a respiração.

O intensivista acrescenta que entre os casos atendidos no HU-UFMA a maioria foi de suporte pulmonar. “O primeiro caso que usamos foi em uma paciente que tinha infecção pelo H1N1 que estava com o pulmão muito debilitado. Foi em 2010, quando se aumentou significativamente o número de casos de H1N1. ”

Atualmente, o aparelho está sendo utilizado por uma paciente do sexo feminino, 39, já há quatro anos com transplante renal e que internou por conta de uma pneumonia grave. Como ela não apresentou melhoras houve, então, indicação para utilizar o aparelho. Nesta quinta-feira, 14, completou 14 dias que ela faz uso da máquina. “O tempo médio de utilização é muito relativo, depende do paciente, tem uns que ficam 30 dias, uns mais, outros menos, varia de acordo com a recuperação do pulmão. Essa paciente já apresenta sinais de melhora, mas é uma recuperação lenta”, pontua o médico.

A paciente conta também em seu tratamento com outro equipamento de ponta adquirido recentemente pelo HU-UFMA. Trata-se do aparelho que permite realizar o exame de tromboelastometria, responsável por monitorar o sangramento do paciente crítico em todas as fases da coagulação. Com esse novo exame, é possível proporcionar uma maior qualidade na assistência ao paciente, uma vez que o equipamento sugere medidas terapêuticas mais precisas e consegue detectar o motivo exato do sangramento.

Sobre a Ebserh

Desde janeiro de 2013, o HU-UFMA é filiado à Ebserh, estatal vinculada ao Ministério da Educação que https://www.atosefatos.jor.br/wp-content/uploads/2023/03/voz_do_brasil_1711222143-1024×613-1.jpgistra atualmente 40 hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.

O órgão, criado em dezembro de 2011, também é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações nas 50 unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh.

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