Hematomas foram achados no corpo inteiro de garoto de apenas nove anos.
Família diz que agressões foram feitas em escola de Praia Grande (SP).
Uma criança de apenas nove anos que frequenta uma escola especial em Praia Grande, no litoral de São Paulo, voltou para casa, na última sexta-feira (9), com várias marcas de hematomas espalhadas por todo corpo. Os responsáveis pelo menino, que é autista e não consegue falar, resolveram acionar a polícia para denunciar as agressões. A criança passará por um exame no Instituto Médico Legal (IML) de Santos, nesta segunda-feira (12), para tentar identificar a origem de todas as lesões.
De acordo com a avó materna do menino, Magda Isidora, de 52 anos, o garoto estuda na escola Anahy Navarro Trovão. Na última sexta-feira, ele foi para a escola normalmente, às 8h, mas por volta das 10h, a direção ligou para os familiares avisando que o garoto não parava de chorar e estava extremamente nervoso. Quando os familiares finalmente chegaram, o garoto continuou agitado e precisou ser levado para casa imediatamente.
“Quando a mãe foi dar banho, começou a encontrar vários hematomas enormes no corpo dele. Ela pegou o telefone e ligou na escola imediatamente. Em seguida fomos na delegacia registrar a queixa e, depois, na escola pessoalmente. Lá alegaram não saber de nada. A professora nos disse que viu as lesões na hora do banho. O que temos certeza é que o meu neto anda extremamente nervoso em casa e tem relutado muito em ir para a escola. Algo aconteceu”, afirma.
Após a grande repercussão do caso, o Conselho Tutelar também foi acionado para acompanhar e averiguar o que aconteceu. A polícia já está investigando e familiares e funcionários da escola devem ser ouvidos, a partir desta segunda-feira, para ajudarem a esclarecer o que de fato aconteceu com a criança.
“Ainda é prematuro acusarmos alguém. Seria injusto. O fato é que precisamos saber com urgência quem fez isso com ele. A mãe e a avó materna afirmam ter certeza de que ele foi agredido na escola, já que ele gostava de frequentar o local e mudou de comportamento sem mais nem menos. A única certeza que temos é que houve negligência porque, se eles viram os hematomas antes, deveriam chamar o Conselho Tutelar”, diz.
Magda afirma que não acredita que a professora do menino seja a responsável pelas agressões. Ela acha mais provável que outra pessoa, dentro da escola, tenha machucado a criança. Ela afirma também que o responsável pelos hematomas possa ter se aproveitado do fato de ele não conseguir falar para passar impune, já que o garoto não poderia denunciar as agressões.
“É uma maldade. A pessoa que fez isso é um monstro horrível. Meu filho está revoltado, inconformado, em busca de Justiça. Temos certeza que o culpado vai pagar pelo que fez. Vamos lutar para que o responsável pela agressão seja punido dentro da lei. Isso é tudo o que queremos”, conclui.
O G1 entrou em contato com a Prefeitura de Praia Grande para falar sobre o assunto, já que a agressão teria ocorrido em uma escola municipal da cidade. Até o fechamento desta reportagem, porém, não houve um retorno oficial por parte da Prefeitura. A solicitação de nota foi feita às 10h30 de deomingo (11).