Psicóloga Catarina Bogéa falou da iniciativa que faz alusão à conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio
Agência Assembleia / Foto: Wesley Ramos
A campanha Setembro Amarelo, de conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio, foi o tema do programa ‘Pautas Femininas’ que foi ao ar nesta segunda-feira (9), pela Rádio Assembleia (96,9). Para falar sobre o tema, as apresentadoras Josélia Fonseca e Régina Santana entrevistaram a psicóloga e psicanalista Catarina Bogéa.
As consequências do adoecimento psíquico, principais problemas mentais que acometem a população no Brasil, atendimento destas doenças no sistema público de saúde, o estigma e preconceito que ainda cercam o tema, abordagem nos ambientes de trabalho, entre outros assuntos, foram abordados durante o programa.
Catarina Bogéa ressaltou que o Brasil concentra o maior número de pessoas ansiosas no mundo. “Estes dados são pré-pandemia, de 2019. Por isso, imaginamos que houve uma elevação desses adoecimentos durante o período pandêmico, o que nos prova que ficou insustentável esconder esta pauta, como se ela não fosse uma questão de saúde pública e coletiva”, destacou a psicóloga.
Para a profissional, a sociedade precisa encarar este assunto de forma séria e cuidadosa. Ela explicou que a maior e mais grave consequência do adoecimento mental é o suicídio, por isso, a criação da campanha Setembro Amarelo é voltada para a prevenção da saúde mental com o objetivo de que as pessoas não adoeçam mentalmente.
Ajuda Profissional
Catarina Bogéa ressaltou a importância da abordagem correta do tema, bem como a busca por ajuda profissional, imprescindíveis para evitar casos de suicídios. “Precisamos falar, sim, dessa questão, mas com muito cuidado e atenção, principalmente nas redes sociais de onde podem vir alguns gatilhos. Saúde mental deve ser discutida o ano inteiro”, frisou a psicóloga.
Na oportunidade, Catarina Bogéa falou sobre o programa “Saúde Mental para Todos”, do qual é co-fundadora. Criado em 2020, durante a pandemia, o programa tem como objetivo democratizar o acesso à saúde mental. “O sistema público de saúde é sobrecarregado, porque nossa população está adoecida e o privado nem sempre é acessível a todos. Pensando nisso, criamos o programa para atender a população em sofrimento levando a psicoterapia a um preço que seja adequado e proporcional à realidade de cada paciente, ou seja, que varia conforme a renda de cada um”, explicou.
As vagas para as consultas, em torno de 150, são abertas mensalmente e divulgadas nas redes sociais do programa Saúde Mental para Todos.