
O fotojornalista americano Luke Somers e o professor sul-africano Pierre Korkie foram mortos por combatentes da al-Qaeda durante uma tentativa de resgate por forças americanas e iemenitas, informaram altos funcionários neste sábado. O secretário de Defesa Chuck Hagel confirmou as informações da morte de Sommers e de outro refém, ressaltando que havia “fortes razões” para acreditar que a vida do americano estava em perigo iminente. O presidente Barack Obama condenou o “bárbaro assassinato” pela al-Qaeda e enviou condolências às famílias.
“Como esta e operações de resgate de reféns antigas demonstram, os Estados Unidos não pouparão esforços para usar todos os seus militares, inteligência e capacidade diplomática para trazer os americanos para casa com segurança, onde quer que estejam. E os terroristas que querem prejudicar os nossos cidadãos vão sentir a força da justiça americana”, disse o presidente em um comunicado.
Obama informou que autorizou a ação de resgate na sexta-feira e agradeceu ao governo do Iêmen para o seu apoio. Segundo o chefe da agência de segurança nacional iemenita, Ali al-Ahmadi, outras pessoas mantidas pelo grupo em cativeiro foram levados para hospitais de campanha, mas não forneceu mais detalhes. Os relatos também apontam que vários terroristas foram mortos na missão realizada.
A operação envolveu um ataque aéreo seguido de uma invasão por forças dos EUA e do Iêmen, disse uma autoridade de segurança local. A ação foi realizada na província de Shabwa, no Sul do Iêmen. A al-Qaeda e militantes islâmicos aliados têm uma forte presença em grandes áreas do Sul e Leste do Iêmen, onde o governo tem pouco controle fora das cidades principais.
Luke Somers, de 33 anos, um jornalista e fotógrafo freelance, foi sequestrado na capital iemenita, Sanaa, em setembro de 2013 e foi mantido em cativeiro por militantes de grupos armados no país da Península Arábica. A irmã do jornalista, Lucy Somers disse à Associated Press que ela foi informada por agentes do FBI no sábado que Luke estava morto.
— Pedimos que todos os membros da família de Luke sejam autorizados a chorar em paz — disse Lucy Somers.
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No início desta semana a Al-qaeda na Península Arábica (AQAP) divulgou um vídeo com uma mensagem para o governo dos Estados Unidos ameaçando matar o refém, se suas exigências não fossem atendidas. No vídeo, ele se identificava como Luke Somers e dizia ter sido sequestrado há mais que um ano.
Em um comunicado na quinta-feira, o secretário de imprensa do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, reconheceu pela primeira vez que uma incursão americana no mês passado tinha tentado resgatar Somers, mas ele não estava no local.
Os Estados Unidos consideram a AQAP o braço da al-Qaeda mais perigoso do mundo e associa o grupo a vários ataques fracassados no território americano.