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VIOLENCIA

Holanda: violência impede até

 realização de missa no MA

No Maranhão, o índice de violência cresceu tanto que nem missa pode mais ser celebrada. O alerta foi feito pelo líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputado Edivaldo Holanda (PTC), ao comentar matéria publicada pelo jornal “O Estado do Maranhão”, com o título “Igreja suspende missa por falta de segurança”.

A missa a que o parlamentar se refere, segundo o jornal, é a tradicional celebração realizada há muitos anos no final da tarde de domingo, na Igreja de São João. O pároco decidiu suspendê-la por prazo indeterminado devido aos constantes assaltos sofridos pelos fiéis.

Para Edivaldo Holanda, a suspensão da celebração da missa dominical mostra o quanto o Maranhão está mergulhado em um momento de insegurança histórico e profundo, nunca antes assistido pela sociedade. Ele atribui a responsabilidade ao secretário Raimundo Cutrim (Segurança), que “de uma forma irresponsável fez da Secretaria de Segurança do Estado um comitê eleitoral, onde recebe cabos eleitorais desde o primeiro momento da manhã até a noite”.

Segundo o líder oposicionista, Raimundo Cutrim não se conforma apenas com o espaço da Secretaria, que teria sido transformado por ele em espaço eleitoreiro, “usando o helicóptero do sistema de segurança pública para tomar de assalto redutos eleitorais dos seus colegas parlamentares”.

Ele lembrou que o deputado Cutrim (DEM), outrora elogiado pela mídia e pela sociedade como técnico de segurança competente, e que na tribuna da Assembleia teria por várias vezes criticado a secretária Eurídice Vidigal, é o responsável direto pelo Maranhão se encontrar neste momento de insegurança histórica.

Como exemplo do uso do cargo para obter êxito nas eleições que se aproximam, Edivaldo Holanda citou o fato de Raimundo Cutrim ter chegado ao município de Carutapera de helicóptero apenas para inaugurar o muro de um cemitério. Ele criticou, também, o fato de Cutrim estar instalando toda semana Conselhos de Segurança Eleitoral em municípios do Maranhão, usando o aparelho do sistema de Segurança do Estado.

No discurso de hoje, mais uma vez Edivaldo Holanda ressaltou que as denúncias acerca do recrudescimento da violência no Maranhão não estão sendo feitas por parlamentares da oposição, e sim, por deputados do governo e pelo jornal “O Estado do Maranhão”, que pertence à governadora.

Holanda questionou o porquê da violência estar crescendo acentuadamente em todo o Maranhão, apesar das viaturas que chegaram — frutos de convênios articulados pela ex-Secretária Eurídice Vidigal — e dos reforços que a Secretaria de Segurança está recebendo. Segundo ele, a resposta pode ser a ausência do modelo de Segurança Cidadã, implantado no governo anterior com a participação da comunidade, e dos conselhos comunitários, que foram transformados em conselhos eleitorais pelo secretário Cutrim. Como exemplo ele citou o Conselho instalado na cidade de Matinha esta semana.

Edivaldo Holanda também denunciou a ausência na Secretaria de Segurança de uma linha filosófica doutrinária dentro dos princípios do Pronasci, que teriam sido copiados do sistema de segurança da Colômbia, que também deu certo em cidades de outros países, como Nova Iorque (EUA) porque o governo se fez presente na comunidade junto com a saúde, a educação e a infraestrutura, oferecendo oportunidade de lazer e trabalho para os moradores de áreas com maior índice de violência.

Na avaliação do líder oposicionista, podem encher o estado de viaturas que não vai resolver o problema da violência, porque no atual governo está havendo um divórcio entre a ação policialesca e a ação social exigida para a realidade do Maranhão.

Finalizando, Holanda fez questão de registrar o seu protesto à ausência de atitude por parte da governadora, que segundo ele, fecha os olhos a toda esta situação. Segundo Edivaldo, Roseana Sarney (PMDB) poderia tomar uma atitude, pois a campanha que o secretário Cutrim tem feito dentro da Secretaria e com os instrumentos do governo está sendo denunciada na Assembléia pelo deputado Alberto Franco, por outros deputados do governo e pela oposição.

“O Maranhão e a sociedade não vão perdoar a governadora pela falta de atitude. Fato como este resultaria em demissão em qualquer governo sério. O senhor secretário [Raimundo Cutrim] não pode continuar à frente da Secretaria de Segurança, inaugurando muro de cemitério, inaugurando conselhos, deixando a sociedade à mercê desta violência implacável que banha de sangue não só esta Ilha, mas todo o Maranhão”, advertiu Edivaldo.

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