Em pronunciamento na sessão desta quarta-feira (31), o deputado Valdinar Barros (PT) disse que pregar intervenção no partido, com o objetivo de mudar a decisão do congresso estadual de apoiar a candidatura do deputado federal Flavio Dino (PCdoB) a governador, seria terrorismo. Valdinar assegurou que não existe motivo para justificar a mudança do resultado, uma vez que o congresso foi feito de forma limpa e acompanhado pela direção nacional da legenda.
Valdinar Barros contou que o próprio presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, acompanhou o secretário de organização, Paulo Frateschi, que no final do encontro homologou a decisão do encontro, anunciando a tese vencedora, que derrotou o grupo que queria se aliar ao PMDB da governadora Roseana Sarney.
“Portanto, é bom que se pare de pregar esse terrorismo. O encontro já passou e o nosso partido tem essa riqueza que nem outro partido tem: essa essência da democracia”, afirmou. Disse também que nunca imaginou um dia acontecer, nesses 30 anos de existência do Partido dos Trabalhadores, ver a defesa de uma tese de aliança com o grupo Sarney, mas que tinha manifestado confiança de que “era incompatível qualquer junção do PT do Maranhão com o PMDB e o DEM desse Estado”.
De acordo com Valdinar Barros, os defensores da tese derrotada, “não tiveram coragem de defender às claras” a aliança com Roseana Sarney, com exceção do filho da deputada estadual petista Helena Heluy. “Era uma tese sem consistência e uma defesa sem consistência. Então a maioria dos delegados entendeu que o PT deveria marchar na sua coerência, deveria defender uma candidatura que pudesse ter condição de oferecer um palanque limpo para a companheira Dilma Rousseff”, pregou.
O deputado anunciou que o PT está construindo essa aliança no campo democrático e popular, reunindo PSB e PCdoB, em torno da candidatura a governador de Flávio Dino, com a finalidade de “enfrentar uma campanha de cabeça erguida, sem nenhum constrangimento para que a gente possa pedir o voto dos maranhenses”.