BRASÍLIA – O presidente do Senado, José Sarney, disse ontem, no Senado, que os apartamentos em São Paulo são de sua família e não de uma empreiteira, como afirmou o jornal Estado de S. Paulo em matéria publicada neste fim de semana. De acordo com Sarney, os imóveis foram declarados ao imposto de renda.
Sarney também criticou o jornal Estado de S. Paulo, do qual cobrou provas de que os imóveis seriam de uma empreiteira e disse estar sendo alvo de uma campanha sistemática por parte do periódico.
– “O Estado de S. Paulo” tornou-se um tablóide londrino, publicando escândalo para vender – afirmou Sarney, comparando as acusações que tem sofrido a um “processo kafkiano”.
O senador também lamentou que alguns senadores tenham sido “apressados” ao criticá-lo sem antes ouvi-lo. Ele criticou Sérgio Guerra (PSDB-PE), Demostenes Torres (DEM-GO) e Valter Pereira (PMDB-MS). Sarney disse que não deve explicações sobre os apartamentos, pois teria direito à privacidade, e esse assunto não teria relação com o Senado. Segundo ele, um dos apartamentos foi comprado em 1977, e agora seus filhos resolveram adquirir imóvel no mesmo prédio.
Em aparte, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que Sérgio Guerra – que não estava em Plenário – não julgou apressadamente, apenas pediu esclarecimentos. Também em aparte, o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) voltou a defender Sarney, criticou a imprensa e disse que grande parte da crise do Senado foi provocada por “discursos irresponsáveis” dos próprios parlamentares.
Sarney Filho diz que “Estadão”
serve a política partidária
. Após divulgar nota em resposta à matéria publica no jornal O Estado de São Paulo, o deputado federal Sarney Filho volta a divulgar uma nota à imprensa, respondendo a novas questões enviadas pelo mesmo veículo de comunicação ao seu gabinete. Para o deputado, essas questões seriam para “esquentar” uma matéria já desmoralizada.
Veja a nota na íntegra.
O Jornal O Estado de São Paulo, no dia 17/08/2009, às 15:54, enviou para o meu gabinete quatro perguntas no intuito de “esquentar” uma matéria que por si só já se desmoralizou.
A respeito das perguntas encaminhadas a mim pelo jornalista Rodrigo Rangel, do jornal O Estado de São Paulo, teço os seguintes comentários:
O Estadão, pela campanha passional e sistemática que está fazendo contra o Senador José Sarney, para mim deixou de ser um órgão independente da imprensa, passando a ser um instrumento de política partidária. Dessa forma, não me interessa dar detalhes da minha vida pessoal a um adversário político que tenta me envolver numa disputa cujo único objetivo é retirar meu pai da presidência Senado.
Assim, não vejo motivos – depois da apresentação da Declaração de Imposto de Renda que aponta o apartamento e os valores já pagos, garantindo desta forma, transparentemente, a legalidade da ocupação do imóvel – para fornecer qualquer informação de ordem pessoal para alimentar uma campanha midiática, dissociada inteiramente da realidade dos fatos.
Deputado Sarney Filho
Brasília, 17 de agosto de 2009
Deputado diz que oposição critica
Roseana, depois de cegar dois anos
O deputado Joaquim Haickel (PMDB) cobrou coerência da bancada de oposição na Assembleia Legislativa ao lembrar, na sessão desta segunda-feira (17) que, no governo Jackson Lago, os parlamentares da base aliada não permitiam que os oposicionistas pudessem fiscalizar as ações do Executivo, e sequer tivessem acesso às informações oficiais.
Haickel fez as críticas em resposta ao discurso do líder da oposição, sobre supostas irregularidades no comando do Grupo Tático Aéreo (GTA).
O peemedebista criticou a hoje oposição de ser tão crítica do governo Roseana Sarney, que tem apenas quatro meses, depois de ter “ficado cega” durante os dois anos e meio do governo Jackson, citando as obras inacabadas dos ginásios Costa Rodrigues e Castelinho, do estádio Frei Epifânio e da ponte do Rio Tocantins, em Imperatriz.
“Gostaria que o líder da oposição tivesse essa postura quando era líder do governo. Hoje cobra de uma gestão de quatro meses coisas que nunca cobrou do governo que liderou por dois anos e meio. Ele deveria informar onde foi parar o dinheiro da reforma do Costa Rodrigues, do Frei Epifânio, das cabeceiras da ponte, dos inúmeros convênios que foram distribuídos”, cobrou ele.
Joaquim Haickel destacou que os secretários de Administração, Luciano Moreira, e de Saúde, Ricardo Murad, ao contrário do que ocorria no governo anterior, irão à Assembleia nos próximos dias, para dar pessoalmente os esclarecimentos solicitados pelos deputados da oposição.
“
Vossa excelência jamais, na condição de líder da sua bancada, nem no governo Jackson nem no de José Reinaldo, jamais aceitaria que um secretário de Estado, qualquer que fosse ele, viesse a essa Casa prestar esclarecimentos. Eu tenho certeza que são novos tempos que nós estamos construindo”, concluiu.
Sobre as acusações contra o GTA, Joaquim Haickel disse que as denúncias de irregularidades foram motivadas por politicagem, por dificuldade de relacionamento interno na corporação, que serão esclarecidas na sessão desta terça-feira pelo deputado Jura Filho (PMDB).
Deputados fazem a defesa
do policial Aluizio do GTA
Os deputados Victor Mendes (PV) e Joaquim Nagib Haickel (PMDB) utilizaram a tribunal na sessão desta segunda-feira (17) para fazer o contraponto a acusações colocadas contra o agente de Polícia Federal e chefe da Inteligência da secretaria estadual de Segurança Pública, Aluizio Guimarães Filho.
As ações dos parlamentares foram feitas após o deputado Edivaldo Holanda (PTC) ter protocolado requerimento na Mesa solicitando informações da secretaria de Segurança a respeito de Aluizio Guimarães. O objetivo é saber se ele pilota alguma aeronave pertencente ao Estado sem a devida documentação necessária.
Victor Mendes disse que Aluizio Guimarães deve atender às solicitações do deputado líder de oposição para que nenhum membro da Casa tenha dúvidas sobre a sua atuação no governo. “O Aluízio, pessoa que eu conheço, um profissional qualificado da Polícia Federal, uma pessoa competente, assim como fez através do jornal, tenho certeza de que irá apresentar item por item diante do questionamento do deputado Edivaldo, que está no seu direito”.
No entanto, o parlamentar lamentou que os métodos hoje utilizados por Holanda não são os mesmos do período em que esteve como líder do ex-governo Jackson Lago (PDT). “Pena que isso ele não reconhecia quando nós éramos Oposição, quando estávamos no nosso direito. Ao contrário da metodologia que era praticada pelo governo cassado, o governo atual vai expor cada ponto, cada dúvida, e eu tenho certeza de que o Aluízio, agente da Polícia Federal e também secretário-adjunto do governo do Estado, vai expor ponto por ponto dessas indagações, porque é o perfil da atual https://www.atosefatos.jor.br/wp-content/uploads/2023/03/voz_do_brasil_1711222143-1024×613-1.jpgistração”, acrescentou.
Mendes também ressaltou ser necessário dar ao secretário-adjunto o direito de buscar sua defesa. “Só quero que essa denúncia não passe a ser uma verdade absoluta, mas que espere o contraditório e que dê oportunidade para se defender. Eu estou falando isto aqui por ter certeza, pelos indícios e pelas demonstrações que o Aluízio já deu”, argumentou.
Assim como Victor Mendes, Joaquim Haickel também disse que as práticas utilizadas pela liderança da oposição não são as mesmas defendidas antes da mudança no comando do governo do Estado.
Ele confrontou as requisições de Edivaldo Holanda, afirmando ser uma manobra política. “A recorrente fala do deputado Edivaldo Holanda nesta tribuna nada mais é do que campanha política. O deputado está agradando ao percentual de eleitores que qualquer coisa que seja proveniente do governo Roseana Sarney vai estar contra”, disse.
No final de seu discurso Haickel anunciou que na sessão ordinária desta terça-feira (17) o deputado Jura Filho (PMDB) irá apresentar novos argumentos reforçando a defesa do secretário-adjunto de Segurança.
Gomes comemora implantação
de energia solar no MA
O deputado Francisco Gomes (DEM) comemorou, nesta segunda-feira, 17, da tribuna da Assembleia, a instalação das primeiras plataformas de bateria para a utilização de energia solar nos povoados situados em ilhas costeiras no litoral norte do Maranhão. “É um novo horizonte que se abre para essas comunidades. Dentro de pouco tempo elas terão acesso ao progresso, ao bem-estar e a um padrão de vida muito melhor”, previu.
As placas com as baterias começaram a ser instaladas na semana passada pelo programa Luz para Todos. Cedral e Humberto de Campos foram os primeiros municípios a receber os equipamentos, que fornecerão energia para as comunidades de ilhas costeiras a partir de um sistema alternativo, que utilizará a luz solar.
Chico Gomes advertiu que apenas o uso de energia solar não garante a eficiência do sistema. Ele lembrou que apresentou indicaçções ao Comitê Gestor do Programa Luz Para Todos e à Cemar, sugerindo a aplicação de uma fórmula mista, que conjugasse o uso de energia solar e eólica (ventos). “Durante o dia as baterias se ‘alimentam’ da luz solar, e à noite, quando o sol está ‘ausente’, utiliza-se os ventos que sopram forte na região”.
O documento apresentado por Chico Gomes reivindica a implantação de energia elétrica em povoados de municípios como Cururupu, Cedral e Porto Rico, dentre outros. “São comunidades que têm na pesca a sua principal fonte de renda e sobrevivência. Precisam de energia de qualidade para garantir a melhoria dos seus produtos e do próprio padrão de vida”.
Chico Gomes explicou que, por estarem situadas em praias e ilhas costeiras, as populações dessa região precisam ser atendidas com energia alternativa, já que o processo convencional torna-se inviável pelas dificuldades de implantação da rede de transmissão. “Hoje, esses povoados são servidos por motores a diesel, que fornecem energia apenas nas primeiras horas da noite”. O deputado esclarece que o uso de energia a lternativa está previsto no regulamento do programa “Luz para Todos”.
Para ilustrar a importância da energia no litoral norte maranhense, Chico Gomes disse que os povoados são habitados por pessoas que vivem basicamente da pesca. “Por não possuir luz elétrica, eles têm que salgar a produção de camarão e pescado, o que acaba por desvalorizar o produto”. A oferta de energia, segundo ele, agregaria qualidade à produção pesqueira e ao próprio padrão de vida das comunidades.
Segundo Chico Gomes, atender com energia os povoados de praias e ilhas litorâneas é uma questão de justiça social. “Essas populações clamam por energia de qualidade 24 horas por dia, para que possam instalar seus equipamentos (de conservação de pesca) e melhorar sua produção”.