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Processo revogatório contra Maduro será em outubro, Diz presidente do Conselho Eleitoral venezuelana

A presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela afirmou nesta terça-feira que, provavelmente no fim de outubro, a oposição poderá conduzir a próxima etapa da sua campanha pior um referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro. Será necessário reunir quase quatro milhões de assinaturas para convocar a consulta popular que poderia encurtar o mandato do presidente.

— Se forem cumpridas todas as exigências da norma, provavelmente, a recolha de assinaturas ocorrerá até o final de outubro — informou Tibisay Lucena em uma entrevista coletiva.

A oposição terá de recolher assinaturas de 20% dos eleitores registrados para avançar na convocação da consulta popular. Os adversários de Maduro coletaram no mês passado firmas de 1% do eleitorado como parte do processo de referendo.

A coalizão opositora Mesa de Unidade Democratica (MUD) precisa correr contra o tempo, já que, se o referendo ficar para depois de 10 de janeiro de 2017, uma eventual derrota de Maduro implicaria apenas na transferência da Presidência para seu vice, Aristóbulo Istúriz.

O governo de Maduro descarta a possibilidade da consulta ser realizada este ano, argumentando que a MUD iniciou os trâmites tardiamente.

Para se revogar o mandato de Maduro é necessário superar os 7,5 milhões de votos que o elegeram em 2013. Segundo as pesquisas, 64% dos eleitores – algo em torno de 12 milhões de pessoas – querem a saída de Maduro da presidência.

A Venezuela enfrenta uma escassez generalizada de alimentos e medicamentos, e uma inflação galopante que, segundo o FMI, atingirá 720% em 2016. O governo, que atribui a crise à queda dos preços do petróleo e à “guerra econômica” promovida por empresários, afirma que não haverá referendo este ano.

 

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