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Novo procurador-geral não vê crimes contra Sarney

Crise  (foto de Mecadante)

Mercadante descarta possibilidade de PT

assinar nota exigindo a saída de Sarney

 

 

O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), disse nesta terça-feira que o partido não pretende dar fôlego a ideia da oposição de assinar uma nota conjunta cobrando o afastamento do senador José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado. Mercadante afirmou que, apesar da bancada defender o licenciamento temporário do peemedebista, não há “identificação” partidária do PT com o das outras bancadas para pedir essa postura do peemedebista.

 

A proposta foi discutida na tarde de ontem por senadores do PSDB, DEM, PDT, PT e PSB. No encontro, a oposição sugeriu que a nota pedisse a renúncia de Sarney. Na tentativa de convencer PT e PSB a endossar o texto, os senadores se comprometeram em elaborar o documento a favor do licenciamento.

 

A nota seria assinada no caso de o presidente do Conselho de Ética, senador Paulo Duque (PMDB-RJ), arquivar sumariamente todas as representações e denúncias contra Sarney. O peemedebista sinalizou a aliados que pretende arquivar as acusações antes de submetê-las ao plenário do conselho, o que irritou o grupo contrário à permanência de Sarney.

 

“O PT vem defendendo a licença do presidente Sarney e continuará pedindo essa postura que depende única e exclusivamente dele. Não faz sentido, não existe uma identificação entre o PT e a oposição para assinarmos essa nota conjunta”, disse.

 

O PT desistiu hoje de reunir a bancada para rediscutir o pedido de licença temporária do presidente da Casa. Mercadante disse que o partido já expressou sua posição favorável ao afastamento temporário de Sarney em notas emitidas na semana passada –mesmo depois que o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) disse que as notas não expressavam o pensamento integral da bancada.

 

“A bancada do PT já tomou a sua decisão em relação à crise que foi expressa em duas notas. As posições estão mantidas considerando que a licença do senador Sarney seria o melhor caminho”, disse.

 

Mercadante afirmou que respeita posições de “ministros ou líderes partidários” favoráveis à permanência de Sarney, mas reiterou que a bancada do PT defende que o peemedebista deixe o cargo por alguns dias.

 

“Nenhum senador [do PT] me pediu para rever essa posição. Estou conversando com todas as lideranças da Casa. Vou conversar com os partidos, buscar um clima que permita ao Senado superar essa crise. [A licença] seria um gesto de grandeza que contribuiria muito”, afirmou.

 

No final de julho, a bancada do PT divulgou notas assinadas por Mercadante, nas quais o partido defende o afastamento temporário de Sarney da presidência do Senado. O ministro José Múcio veio a público afirmar que as notas não eram um “movimento do PT”, mas um posicionamento de “um ou dois senadores” –desautorizando o líder petista.

 

 

 

 

 

 

Sarney adia para hoje  (foto de Sarney)

 discurso no plenário

 

 

 

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), desistiu de discursar na tribuna da Casa nesta terça-feira para demonstrar que não pretende renunciar ao cargo. Orientado por aliados, Sarney decidiu esperar a reunião do Conselho de Ética da Casa marcada para hoje, antes de se manifestar aos demais parlamentares.

 

A Folha Online apurou que Sarney também temia reações duras ao seu pronunciamento depois que um grupo de partidos decidiu se unir para cobrar formalmente a sua licença temporária do cargo.

 

 

 

Aliados do peemedebista avaliam que o momento é de cautela, por isso anunciaram que, a princípio, o discurso de Sarney ficará para amanhã.

 

Senadores do PSDB, DEM, PDT, PT e PSB se uniram hoje para endurecer o tom dos discursos no plenário da Casa. O movimento surgiu em resposta aos ataques de aliados de Sarney ao senador Pedro Simon (PMDB-RS) no plenário do Senado nesta segunda-feira.

 

Os partidos prometem responder duramente aos ataques da tropa de choque de Sarney a partir desta tarde. Além disso, os senadores estudam divulgar uma nota com o pedido para que Sarney deixe o cargo temporariamente caso o Conselho de Ética arquive as denúncias contra o presidente da Casa sumariamente.

 

Conselho

 

O Conselho de Ética se reúne nesta quarta-feira para decidir se inicia processo disciplinar contra Sarney por quebra de decoro parlamentar. O PSDB e o PSOL ingressaram com cinco representações contra o peemedebista, provocadas por denúncias como o uso de atos secretos para nomear parentes.

 

O presidente do conselho, senador Paulo Duque (PMDB-RJ), sinalizou que pretende arquivar sumariamente as representações contra Sarney. O grupo suprapartidário promete recorrer da decisão caso o peemedebista faça uma espécie de “blindagem” a Sarney no conselho.

 

 

 

 

 

 

Oposição cobra afastamento para

 que Senado retome atividades

 

 

 

Sentado na cadeira de presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ouviu nesta terça-feira apelos de parlamentares da oposição para que se afaste do cargo. Pela primeira vez depois do recesso parlamentar, o peemedebista enfrentou, em plenário, cobranças para que avalie a licença do comando da Casa.

 

Os pedidos foram feitos pelo presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), e o líder do partido, Arthur Virgílio (AM).

 

 

Guerra disse que a permanência de Sarney pode resultar no naufrágio de toda a instituição. “Nós não temos duas soluções. Se ficarmos aqui a nos digladiar, com confrontos emocionais, com gente que tem coragem demais e gente que tem coragem de menos –eu sou daqueles que está incorporado no contingente dos que têm de menos–, eu quero dizer que não vamos a lugar nenhum. Não vai ser apenas um naufrágio do presidente do Senado. Vai ser um naufrágio do Senado inteiro, da instituição. Andei na rua hoje, de manhã, encontrei algumas pessoas”, disse.

 

Virgílio disse que fazia o apelo sem “descambar para a disputa pessoal”, uma vez que defende apenas que a Casa retome os seus trabalhos.

 

“Eu resolvi que tinha algumas alternativas: fazer o que alguns esperassem que eu fizesse, deblaterar, falar de maneira dura, cáustica, mas adotei outra postura que seria convocar Vossa Excelência para essa reflexão. Há sinais de que isso aqui arrefeça? Será que dá para acreditar que uma liderança se sustenta nesse tipo de atitude, na presidência do Senado da República?”, questionou Virgílio.

 

O tucano voltou a sugerir que Sarney se afaste da presidência da Casa enquanto as denúncias não forem esclarecidas no Conselho de Ética.

 

O líder do PSDB recorreu para a biografia de Sarney, como já fez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para defender que ele deixe a presidência do Senado.

 

“Eu lhe proponho uma terceira via. Senador Sarney, case-se com a sua biografia. Esse mandato de presidente do Senado não representa nada na sua biografia. Vossa Excelência já foi presidente duas vezes, governador, presidente da República. Vossa Excelência tem uma volta por cima a dar, que não é da truculência, da prepotência, de calar quem quer que seja. Vossa Excelência tem uma forma de se casar com a sua biografia, que é atender a ponderáveis partidos que clamam pelo seu afastamento para que se comece a pensar em soluções verdadeiras”, disse.

 

Novo procurador-geral não

vê crimes contra Sarney

 

 Em sua primeira entrevista após assumir o cargo, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou ontem que ainda não existem indícios suficientes contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para que a última instância do Ministério Público ou o Supremo Tribunal Federal entrem nas investigações. “Até o momento, nada existe que firme a atribuição do procurador-geral da República ou do Supremo. A investigação está sendo conduzida normalmente pela Procuradoria.”

 

Questionado especificamente se ele já encontrou algum indício de crime cometido por Sarney, respondeu: “Nada que tenha sido verificado pela PR-DF [Procuradoria da República no Distrito Federal], que, quando constatar o envolvimento de qualquer autoridade sujeita a jurisdição do Supremo, encaminhará o assunto ao procurador-geral, e isso não foi feito até agora”.

 

O Ministério Público Federal no DF abriu duas frentes de investigação sobre as irregularidades ocorridas no Senado. Uma, sobre a edição de atos secretos e outra, sobre a existência de três contas bancárias paralelas criadas pela instituição.

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   Deputado diz que sem saúde preventiva (foto)

   Estado vira um depósito de doentes

                                                 

    

      Ao anunciar que a Assembléia Legislativa aprovou Requerimento de sua autoria, convocando o presidente da CAEMA para  discutir  com os deputados questões relacionadas com abastecimento d’água, esgotamento sanitário os planos de atuação da Companhia,. no Maranhão, o deputado Alberto Franco (PSDB) chamou a atenção da governadora  Roseana Sarney para o fato de que é  importante investir na saúde preventiva .

     O deputado Alberto Franco disse que , em São Luis, como no resto do Estado, a situação do sistema de esgotamento sanitário é das piores. “Para se ter uma idéia da situação de risco em que vive a população, basta citar que todas as estações de tratamento de esgotos, no Maranhão, estão desativadas, como  as que são localizadas na Cidade Operária, Jaracati, Bacanga , ou mesmo em municípios como Imperatriz”, disse Alberto Franco.

                  DEPÓSITOS DE DEFUNTOS

     Para o deputado Alberto Franco, será importante para a população maranhense a construção de 65 hospitais, em vários municípios. “Entretanto, se não for desenvolvida uma eficaz política de saúde preventiva, que atinja  as mais diversas áreas do Estado,  os hospitais construidos vão ser transformados em depósitos de doentes”, lembrou o parlamentar do PSDB.

      A governadora Roseana – segundo Alberto Franco – não pode acompanhar o raciocínio dos políticos que não produzem obras de infra-estrutura e preferem as “grandes” obras de fachada, como fez  o ex-prefeito Tadeu Palácio, que implantou um Hospital da Mulher, que só existia de fachada.Para o deputado do PSDB, é importante que  o governo maranhense desenvolva, urgentemente, uma política  de saude preventiva, que atinja todo o Estado.

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