O líder da oposição, deputado Edivaldo Holanda (PTC), manifestou hoje (quinta-feira, 11), na tribuna, o seu repúdio a atitude do secretário Raimundo Cutrim (Segurança), que ao invés de dar apoio às famílias dos dois policiais mortos por bandidos esta semana em São Luís, prefira espalhar notícias ameaçando-os com o corte de ponto.
Segundo Edivaldo Holanda, Raimundo Cutrim tentou fazer a mesma intimidação aos policiais civis que pretendiam fazer uma paralisação no ano passado, mas não obteve sucesso pelas vias judiciais.
A atitude do secretário, na avaliação de Edivaldo Holanda, apenas demonstra a situação caótica em que se encontra a segurança do Maranhão. Ele ressaltou que o assunto ganhou destaque no noticiário nacional quando o juiz de Bacabal, Roberto de Paula, colocou em liberdade presos que estavam amontoados na delegacia daquela cidade porque o governo não constrói os presídios que deveria construir.
Edivaldo disse não saber porque os presídios ainda não foram construídos, pois os recursos para a construção, através do Pronasci, já estavam planejados desde o governo de Jackon Lago (PDT).
Outro importante dado sobre o setor da segurança pública foi destacado por Edivaldo ao ler hoje matérias publicadas no jornal “Gazeta da Ilha”, que comparou São Luís ao velho Oeste americano, e “O Imparcial”, que enfatizou a ameaça do secretário Raimundo Cutrim em cortar o ponto dos policiais que aderissem à greve de 24 horas, prevista para hoje, em protesto pela morte de dois policiais por bandidos.
Holanda lamentou que ao ameaçar os policiais, o secretário tenha esquecido que eles estão apenas exercendo o direito constitucional de protestar e de reivindicar melhores condições para fazerem a segurança na cidade e no Estado.
“Dois policiais mortos, Cícero e Sabino, e nenhuma solidariedade. No caso do policial Cícero, todas as viaturas praticamente foram remanejadas para o velório, mas o secretário Raimundo Cutrim não foi lá dispensar à família uma palavra de consolo, de solidariedade, ou dizer àquela família que providências seriam tomadas”, afirmou Edivaldo.
Ele disse esperar do secretário de Segurança, além da solidariedade, providências imediatas, pois o principal suspeito do assassinato foi solto imediatamente após o crime e quando a polícia se revolta e faz um protesto, recebe como retorno ameaça expressa do governo.