SÃO LUÍS – Alunos do Colégio Liceu Maranhão, que fica no Centro de São Luís, foram agredidos por policiais da Polícia Militar do Maranhão durante uma tentativa de ocupação na tarde desta terça-feira (1º). Os estudantes afirmam que realizavam uma ocupação pacifica quando foram retirados à força. Vídeos do tumulto estão circulando nas redes sociais e é possível ver um PM agredindo um jovem que se recusava deixar o local. A manifestação seria contra a PEC 241, proposta do Governo Federal que limita os gatos em um prazo de 20 anos.
Em um comunicado oficial, os alunos se manifestaram na internet. “Os oficiais abordaram as lideranças estudantis com violência e várias ameaças foram testemunhadas pelos presentes. Uma ação que quis calar a liberdade da expressão e mais parecia uma ditadura militar. Em seguida, mesmo com a resistência dos alunos, os jovens da universidade foram expulsos. Por isso, mesmo diante de tanta censura e repressão, o Liceu Maranhense precisa reagir. Vamos defender nossos direitos, Liceístas!”.
“A nossa ideia era realizar debates e rodas de conversas sobre a situação do nosso país. Não estávamos fazendo tumulto”, disse uma estudante que não quis se identificar afirmando que podia sofrer represálias da direção da escola, que é contra o movimento.
Estudantes da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) também participaram do protesto. Em São Luís, já foram ocupados, até ontem, parte do Centro de Ciências Humanas (CCH) e do Centro de Ciências Sociais (CCSo) da UFMA, assim como Instituto Federal do Maranhão (IFMA) Campus Centro Histórico, o IFMA Campus Açailândia, a UFMA Campus Chapadinha, o Núcleo de História da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e o Centro Integrado do Rio Anil (Cintra).
A PEC 241 foi aprovada pelo plenário da Câmara dos Deputados na noite de terça-feira (25), em segundo turno, com 359 votos a favor, 116 contrários e duas abstenções. Depois da Câmara, a proposta será encaminhada ao Senado, onde também será votada em dois turnos.
A equipe de OEstadoMA entrou em contato com a assessoria de comunicação do Governo do Estado, mas até o momento não obteve resposta.