O Governo do Estado, por meio da Farmácia de Medicamentos Especiais (Feme), vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES), realizou a distribuição de 163 mil medicamentos de alto custo e uso contínuo para pacientes da capital e interior do estado. A SES movimentou cerca de R$ 23 milhões na área de assistência farmacêutica, incluindo recursos para a compra de medicamentos e o repasse de incentivos às prefeituras. Os dados correspondem ao período de janeiro a outubro deste ano.
Mensalmente, foram registradas 13.600 dispensações com uma média de 800 a 900 entregas de medicamentos por dia. As doenças renais crônicas, artrite reumatoide e transtornos mentais são as principais doenças que lideram o ranking na procura por medicamentos da Feme.
“Estamos ampliando e qualificando a dispensação dos medicamentos para os pacientes, melhorando o atendimento ao cidadão. A assistência farmacêutica é uma importante ferramenta da gestão em saúde. Temos propiciado a melhoria do acesso, tornando o atendimento mais eficiente”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.
Segundo o gestor da Assistência Farmacêutica da SES, Sandro Monteiro, a Feme é uma referência de atendimento à população. “Atualmente, a Feme vem garantindo uma ampla oferta de medicamentos gratuitos à população, fato que não ocorre em muitos estados brasileiros. O paciente chega a Feme e encontra atendimento especializado e humanizado desde a recepção até o recebimento do remédio”, disse.
Atendimento humanizado
O ajudante de pedreiro Leandro Braga recebe mensalmente o medicamento para a filha de 13 anos, portadora de artrite reumatóide juvenil, na Feme. A menina que mora em Cururupu com a mãe, apresentou os primeiros sintomas da doença aos 3 anos e, desde então, precisa tomar quatro ampolas por mês para levar uma vida normal.
Cada ampola necessária para o bem-estar da menina custa R$ 1 mil. “Quando minha filha deixa de tomar a medicação não consegue nem andar direito, por isso é essencial para a vida dela as ampolas e se não fosse a Feme eu não teria como arcar com quatro mil reais todo mês”, afirmou Leandro.
A aposentada Sonia Fonseca, de 53 anos, a cada 15 dias precisa de ampolas que auxiliam nos movimentos das articulações. Há seis meses, após diagnóstico de chikungunya, Sonia apresentou dificuldades para movimentar os dedos das mãos. O parecer do reumatologista determinou tratamento durante dois anos com uma medicação específica, que tem custo de R$ 1.500.
“Me desesperei. Não tenho condições de tirar do bolso três mil reais todo mês, até que o médico me encaminhou para cá. A Feme além de disponibilizar a ampola, aplica no paciente. Não tem coisa melhor. Já saio medicada e feliz por meu organismo estar respondendo ao tratamento”, comemorou Sonia.
A dona de casa Gisele Martins ao perceber a dificuldade de crescimento do filho de sete anos buscou ajuda. O pequeno Mateus precisa tomar hormônio até os 14 anos, fase em que cessa o crescimento da criança.
Cada caixa custa em média R$ 142 e Mateus necessita de 21 por mês, indicando uma despesa extra no orçamento de até R$ 3 mil. “Meu filho não teria um crescimento normal sem que houvesse a dispensação deste medicamento na Feme. Sou muito grata ao Governo por permitir o crescimento do meu filho e de tantas outras crianças de forma saudável”, afirmou Gisele Martins.
Interior do estado
Imperatriz, Caxias, Bacabal e Timon são os municípios que lideram o ranking de assistência farmacêutica da Feme. A maioria dos pacientes vindos destas localidades apresenta doença renal crônica e recebe medicamento no valor de R$ 1 mil a R$ 4 mil mensal. Caxias é o município que mais apresenta pacientes com doenças renais, contabilizando quatro mil dispensações por mês na Feme. Imperatriz vem em seguida com cerca de duas mil pessoas que recebem medicamento de uso para o tratamento dos rins.