O líder da Oposição na Assembleia Legislativa, Edivaldo Holanda (PTC), declarou nesta quinta-feira (29) que o governo do Estado está agindo com má fé contra os servidores da Universidade Estadual do Maranhão. De acordo com o parlamentar, a situação imposta aos trabalhadores da educação da Uema revela “a total insensibilidade, a falta de vontade e a inapetência do atual governo para com a educação”.
Edivaldo Holanda assinalou que se trata de uma inapetência histórica, “que vem de antes, ou seja, dos governos anteriormente exercidos pela governadora Roseana Sarney em seus oito anos de mandatos”. Na visão do líder oposicionista, neste governo, ocorre o pior porque, segundo ele, os trabalhadores da educação do Estado foram traídos, e agora, numa espécie de remendo às propostas feitas anteriormente, surgiu a promessa de, em 45 dias, sair o novo Estatuto da categoria.
“Só que não acontecerá nada, porque o plenário da Assembleia não poderá mais apreciar neste ano a proposta, que deveria ter sido apreciada no final do ano passado”, afirmou Edivaldo Holanda, acrescentando: “Os trabalhadores da educação da Uema tiveram surpresas, após surpresas. Houve propostas do próprio governo para com aqueles trabalhadores, técnicos da Uema, e o próprio governo sepultou sequencialmente suas próprias propostas”.
O deputado lembrou que, na última quarta-feira (28), ocorreu uma passeata de grevistas e estudantes da Uema, que foram ao Palácio dos Leões, mas não foram recebidos. Deslocaram-se em seguida para o prédio da Faculdade de Arquitetura, na Rua da Estrela, na Praia Grande, onde foram recebidos pela polícia.
Edivaldo Holanda leu na tribuna um documento distribuído pelos grevistas sobre as propostas formuladas pelo governo. “Na verdade”, diz o documento, “a nova proposta do governo não era mais a regulamentação do Plano, mas um remendo mínimo para acabar com a greve”.
Segundo o deputado, o mais lamentável é que este remendo mínimo o próprio governo rejeitou. O procurador geral do Estado, Marcos Lobo, descartou a proposta e o secretário de Administração do Estado, Akio Valente Wakyayama, falando em nome do governo, declarou que a proposta foi inviabilizada por falta de justificativa.
Ao final de seu discurso, Edivaldo Holanda manifestou seu protesto diante desta situação e reafirmou sua solidariedade aos trabalhadores da Uema. “Foram três propostas. À primeira e à segunda propostas, o procurador Marcos Lobo deu parecer favorável. Mas o governo recuou depois das propostas apresentadas”, afirmou o deputado, acrescentando que o mais absurdo é que surgiu uma terceira proposta que, depois de elaborada, também foi negada pelo próprio governo.
Edivaldo Holanda concluiu seu pronunciamento com a frase de um servidor da Uema: “O que transparece é que, no mínimo, eles não estão preparados para organizar documentos deste nível”.