A preocupação com o sistema de saúde do Maranhão foi externada na sessão desta quarta-feira (24) pelo deputado Arnaldo Melo (PMDB), em discurso na Assembléia Legislativa. Ele destacou a consolidação do programa estabelecido pela Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com os municípios e o Ministério da Saúde, e que vem garantindo a execução de um audacioso projeto iniciado em 2009 pelo governo Roseana Sarney.
Arnaldo Melo lembrou que em 2009 a Secretaria de Saúde decidiu licitar a construção de 64 hospitais no interior do estado, 20 leitos cada um, para atender as comunidades das zonas urbanas e rurais com menor densidade demográfica. “Naquele ato, também por determinação da governadora, o secretário Ricardo Murad resolveu estabelecer uma política nacional no Maranhão de Unidades de Pronto Atendimento naquelas cidades mais estratégicas que apresentassem uma demanda de urgência maior, como Codó, Imperatriz, Timon e São Luis. A grande maioria iniciadas, algumas em fase bem adiantada e próxima da conclusão, como a Vila Luizão”, informou.
O deputado disse ainda que, no interior do estado, tem acompanhado a construção desses hospitais e que em determinados municípios ficou surpreso com a rapidez com que algumas construtoras conseguiram, apesar do período invernoso, avançar nas construções. “O governo não se preocupa apenas com saúde naqueles pequenos municípios, mas também com os problemas mais complexos, ao tempo que estrutura os grandes centros em Imperatriz, Caxias e São Luís”, ressaltou.
Arnaldo Melo acrescentou que no que se refere ao atendimento de alta complexidade o sistema de saúde do Maranhão sempre foi dependente do piauiense, ao longo dos anos.Segundo ele, no Piauí foi criado um sistema próprio para atender pacientes do Maranhão. “Em Teresina os médicos especialistas passaram a atender os pacientes maranhenses, e a nossa demanda é muito grande, pela dificuldade de leitos na capital e a situação geográfica das nossas cidades”, explicou ele, dizendo que o Hospital Getúlio Vargas, no Piauí, é um grande centro de medicina. Aos maranhenses também são oferecidos diversos serviços, como hospedagem e transporte.
“A questão é muito complexa. O Socorrão II tem 172 leitos autorizados e 100 macas nos corredores. O Socorrão I tem 112 leitos e algo em torno de 60 a 70 macas também nos corredores. Parece um campo de concentração, apesar do esforço gigantesco que a Prefeitura de São Luís faz ao https://www.atosefatos.jor.br/wp-content/uploads/2023/03/voz_do_brasil_1711222143-1024×613-1.jpgistrar os recursos do SUS para a gestão de São Luís. E não temos tido a condição técnica de criar um sistema no Maranhão capaz de atender as demandas das regiões mais distantes”, enfatizou.
Ele concluiu que, quando a rede de saúde for reestruturada, com a novas unidades em construção, será possível discutir a alta resolutividade no interior do estado do Maranhão.